sábado, 18 de setembro de 2010

Presença feminina na política

NATALIA MORI e JOSÉ ANTONIO MORONI
da Folha de São Paulo - Tendências e Debates
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Os partidos não tiveram interesse de incorporar as mulheres a seu cotidiano, suas instâncias de poder e de investir na formação política
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Novas eleições, e os direitos das mulheres seguem desrespeitados.
São 52% do eleitorado, 5 milhões a mais que os homens, e a participação política das mulheres não importa. Os presidenciáveis, incluindo as candidatas, não pautam o tema; os partidos não cumprem a lei da cota de no mínimo 30% de mulheres candidatas; e os tribunais regionais eleitorais não a fiscalizam.
O Brasil ocupa o 104º lugar de presença feminina no Parlamento, à frente apenas do Haiti. Fruto da luta das mulheres, em 1995 a lei estabeleceu percentual mínimo de 20% das candidaturas de cada sexo. Em 1997, foi ampliado para 30%. Em 2009, a lei mudou de "deverá reservar" para "preencherá".
Nestas eleições, a média de candidaturas de mulheres é de 21%. Alcançamos hoje o que a lei determinava em 1995. Nesse tempo, os partidos não tiveram interesse de incorporá-las a seu cotidiano, suas instâncias de poder e não investiram na formação política. Não interessa ao poder masculino dos partidos a participação das mulheres!
Além da cota, duas novas medidas foram aprovadas: 10% do tempo de propaganda e 5% do fundo partidário para a formação e a participação feminina. Rejeitaram: 30% do tempo da propaganda, o quesito racial nas fichas de candidaturas e multa para os partidos.
O poder masculino branco viu nessas propostas a possibilidade de criar referências políticas femininas, capazes de disputar os espaços de poder. É absurdo o Congresso rejeitar a possibilidade de sabermos quantos negros e negras temos disputando as eleições.
As parcas medidas aprovadas em 2009 não foram cumpridas e apenas quatro PREs (procuradorias regionais eleitorais) apresentaram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recursos para garantir as cotas.
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, numa decisão vergonhosa, diz que não tem como obrigar os partidos a cumprir a lei ou obrigar as mulheres a serem candidatas. Os chamados fiscais da lei, no mínimo, se omitiram.
Há alguns dias, o TSE julgou o caso do PDT no Pará, por não respeitar os 30% de candidaturas de mulheres para deputados/as estaduais. Por quase maioria (com exceção do ministro Marco Aurélio), decidiu que esse partido precisa cumprir a lei, aumentando a quantidade de mulheres ou diminuindo a quantidade de homens.
O absurdo é que só podem reclamar pelo não cumprimento da lei as chamadas partes interessadas: partidos, candidaturas, coligações e a PRE. A cidadania não é considerada parte interessada.
A democracia brasileira não a reconhece como parte interessada.
Só somos chamados/as para apertar o botão da urna e depois voltamos para nossas casas para ver o que acontece. Uma verdadeira reforma política deve reconhecer que é o/a eleitor/a a parte mais interessada neste debate e na mudança desta realidade.
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NATALIA MORI é membro do Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria) e da Articulação de Mulheres Brasileiras.
JOSÉ ANTONIO MORONI é membro do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e integrante da plataforma de movimentos sociais pela reforma do sistema político.

sábado, 28 de agosto de 2010

Ricardo Coutinho quer cruzada contra o analfabetismo

do site do PSB
http://www.psbnacional.org.br/index.php/content/view/8451/Ricardo_Coutinho_quer_cruzada_contra_o_analfabetismo.html

"Precisamos mobilizar uma grande cruzada contra o analfabetismo na Paraíba", com estas palavras, Ricardo Coutinho declarou guerra ao analfabetismo no Estado. Segundo o candidato do PSB ao Governo do Estado, 23% dos paraibanos são analfabetos na Paraíba e que, mais grave do que isto, 44% dos paraibanos sabem escrever mas não sabem interpretar o que leem.

“São analfabetos funcionais que estão à margem da sociedade. E isto sem contar uma grande maioria que também é analfabeto digital”, lamentou. “Precisamos de uma mobilização da sociedade para realizarmos uma grande cruzada contra estes números”, completou.

Ricardo lembrou que esteve em Cuba, para firmar uma parceria com o Governo Cubano e implantar o método de alfabetização "Sim, eu posso", que oferece à jovens e adultos, a partir dos 20 anos de idade. A meta seria erradicar o analfabetismo funcional e aumentar as possibilidades individuais.

Programa
O "Sim, Eu Posso", ou no original "Yo, Si Puedo", foi elaborado pelo Instituto Pedagógico Latino-americano y Caribeño (Iplac), de Cuba, com a finalidade de erradicar o analfabetismo da América Latina. O programa ganhou em 2002, 2003 e 2006, o prêmio Rey Sejong, instituído pela UNESCO em 1989 em prol da erradicação do analfabetismo no mundo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PERFIL COMPLETO

Formada em Direito e Economia, Especialista em Direito Processual Civil e Ciências Penais, Mestre em Administração e Marketing, Cláudia Márcia Lessa Vieira Costa nasceu em 11 de abril de 1964. Inspirada nos exemplos do seu pai, Procurador da República e Professor Universitário, e de sua mãe, Advogada, Escritora, e também Professora, Cláudia Lessa conquistou identidade própria, fazendo da sala de aula o grande palco para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, acreditando que a educação é a grande chave para o desenvolvimento e para um futuro mais próspero, digno e feliz para todos.

Professora Cláudia Lessa, como é conhecida, leciona as disciplinas de Direito Penal, Desenvolvimento de Produtos e Serviços e Modelos de Gestão. Atua na elaboração e gestão de projetos educacionais e sociais, tendo desenvolvido o projeto de pós-graduação na área de Responsabilidade Social e Gestão de Projetos Sociais, hoje sob sua coordenação, na Faculdade Maurício de Nassau; e o projeto de Gestão para o Ensino Médio, para a rede Positivo de Ensino, tendo sido implementado, com grande êxito, no Colégio QI, acompanhado dos livros-texto Gestão Estratégica de Pessoas, Gestão de Marketing Estratégico e Gestão de Negócios, de sua autoria.

Na vida pública, começou a se interessar logo cedo por política. Destacou-se como líder estudantil no Colégio das Mercês , onde estudou dos 3 aos 17 anos, sendo uma das fundadoras do Grêmio Estudantil Força Jovem, estimulando a formação de uma nova geração de militantes políticos, e empreendedores.

Em 2008, passou a dedicar-se com mais afinco não só às atividades em sala de aula, mas também à vida política. Foi então que decidiu se candidatar a vereadora, a convite do PSL, que já conhecia a sua trajetória, voltada para ajudar às comunidades e entidades carentes da Paraíba, através de campanhas e ações sociais realizadas junto aos seus alunos.

Fez uma campanha limpa, marcada pela inovação, e por uma forma diferente de fazer e falar sobre política. A principal bandeira daquela campanha, que continua sendo empunhada nesta, é a da profissionalização de jovens para o mercado de trabalho, despertando as vocações para os negócios e para o empreendedorismo.

Em 2009, assumiu , a convite de Ricardo Coutinho, a Diretoria Administrativo-Financeira da Secretaria do Meio Ambiente do Município de João Pessoa. Durante a sua gestão foi notória a construção de um melhor relacionamento entre as equipes e a preocupação constante com a divulgação do Programa de Treinamento e Desenvolvimento, desenvolvido pela Secretaria da Administração- SEAD, com o fim de otimizar o processo de gestão pública, através de cursos específicos para os seus servidores, com o fim de estimular os mesmos, proporcionando melhores condições para o desenvolvimento de suas atividades, de forma mais profissional e eficiente.

Cláudia Lessa, também, no âmbito de suas atribuições, na Diretoria, buscou reduzir os gastos na Secretaria, mês a mês, através de campanhas de conscientização, obtendo resultados positivos quanto ao seu intento contribuir para manter o equilíbrio das contas públicas.

Em 2010, já filiada ao PSB, Cláudia Lessa foi lançada pelo partido, e com aval da população, ao cargo de Deputada Estadual. Com o apoio e presença da família, incluindo a energia de seus três filhos, Rafael, Viviane e Ricardo, e esposo, o advogado Frederico Costa Vieira, Cláudia Lessa busca, mais uma vez, com a marca e a força de uma nova geração de políticos, que possui idéias novas para mudar os rumos do país, propostas relacionadas não só à Educação, mas aos diversos temas a seguir elencados, em sintonia com o projeto de Governo de Ricardo Coutinho, através de um Mandato, acima de tudo, Participativo:

1- Educação: a criação de escolas profissionalizantes que garantam ensino médio de qualidade, integrado à educação profissional.

2- Meio Ambiente: A busca da sustentabilidade ambiental através de leis que obriguem as empresas a valorizarem seu papel na sociedade, elaborando projetos de sustentabilidade ambiental integrados aos seus produtos, com o fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados.

3- Saúde: Criação de Leis que possibilitem o fortalecimento dos Centros de Atenção Psicossocial, para a reinserção social dos usuários, pelo acesso a trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários, além de criação de políticas de prevenção ao Álcool e Drogas, através da Educação por meio do Esporte.

4- Esporte: Buscar, ao lado do governo, ampliar a estrutura de lazer e esporte em todo o Estado, para o acesso da população, além do incentivo aos potenciais atletas, que não têm apoio para treinamento e desenvolvimento de suas capacidades.

5- Segurança Pública: tema que envolve a capacitação da polícia em vários aspectos, a formação em direitos humanos, como forma de evitar arbitrariedades, além do reforço ao policiamento comunitário, como forma mais eficaz de combater e prevenir a criminalidade.

6- Políticas para a juventude, com a criação de Centros de Inclusão Tecnológica e Social com o fim de integrar a educação profissional às diferentes modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, oferecendo formação complementar em Tecnologia da Informação - (TI) para os jovens concluintes do 3º ano e egressos do ensino médio, da rede pública estadual.

7- Políticas de gênero: necessário encarar as mulheres como sujeitos de transformação. Neste sentido, pretende-se criar o Empreender Mulher, onde a mesma possa buscar todas as condições necessárias para a valorização do seu trabalho para adquirir a identidade própria e a ampliação das condições de autonomia pessoal e auto-sustentação, de forma a favorecer o rompimento com os círculos de dependência e subordinação.

8- Acesso à Justiça – Contribuição para a criação e expansão da justiça itinerante, um meio de levar a justiça aos mais necessitados, possibilitando a ampla prestação jurisdicional pelo Estado.

9- Políticas de renda e emprego: Através da criação da Escola de Empreendedorismo solidário, fazendo com que a população de baixa renda baixa se organize em suas comunidades, de forma produtiva e autônoma, através de empreendimentos coletivos em parcerias que podem envolver comunidade, governo e setor privado.

10- Políticas de Ciência e Tecnologia: Buscando incentivos governamentais para que a Universidade Estadual contribua para o crescimento e o desenvolvimento do povo, do Estado, da economia, inclusive com incentivo à pesquisa de meios tradicionais de produção.

11-Políticas de Prevenção e Combate às Drogas: Este é o tema mais preocupante de toda a sociedade, que tem que reconhecer que o os usuários não podem ser considerados criminosos e sim doentes, que precisam de tratamento. Aumentar a oferta de tratamento, tanto para os usuários, quanto para a família envolvida, além de ações de prevenção para usuários e população em geral, e a aplicação de recursos da segurança concentrados no combate ao crime organizado e tráfico é a nossa proposta.

Ciente de que a Paraíba vive um novo momento político, marcado pelo diálogo entre as diversas correntes partidárias, Cláudia Lessa quer ajudar a construir um Brasil e uma Paraíba mais fortes, superando os preconceitos e superando os velhos estigmas do passado. Afinal, Cláudia Lessa sabe que, para mudar o futuro, é preciso “UMA NOVA PARAÍBA”.

terça-feira, 16 de março de 2010

Rosas, direitos e poder

Luiza Erundina

Hoje, 8 de março de 2010, comemoramos o centenário do Dia Internacional da Mulher e várias atividades acontecem no Brasil e no mundo todo para celebrar a data. Porém, após 100 anos da criação deste dia, que teve como principal sentido promover a reflexão e organização das mulheres na luta por seus direitos trabalhistas, sociais, econômicos e políticos, as mulheres do mundo, reunidas, além de celebrar conquistas, continuam a lutar por mais direitos e mais igualdade.

O machismo ainda está muito presente e são registrados vários casos de violência contra a mulher todos os dias, apesar das várias campanhas e outras tentativas de se acabar com essa lamentável realidade. Também a participação das mulheres na política brasileira ainda é praticamente insignificante. Por exemplo, na Câmara dos Deputados, onde atuo, dos 513 parlamentares apenas 45 são mulheres. Além disso, nunca, em toda a história do Legislativo no Brasil (cerca de 185 anos) uma mulher ocupou um cargo de presidente da Casa, ou mesmo qualquer vaga na mesa diretora da Câmara.

Nota-se, portanto, que a pequena participação da mulher na política e nos espaços de poder da sociedade brasileira ainda é um grave problema, cuja solução depende não só das mulheres, mas da sociedade como um todo. É uma prova de que a cultura machista e patriarcal continua determinando as relações sociais e políticas na sociedade brasileira.

Para reverter esse quadro de dominação masculina e de exclusão política das mulheres, só um longo e intenso trabalho de educação política das mulheres e de conscientização sobre o seu papel na sociedade, enquanto sujeitos de direitos e deveres porque, enquanto não tivermos mulheres ocupando os espaços de poder, não podemos dizer que vivemos em uma verdadeira democracia. Por isso, é imprescindível a realização de ampla e profunda Reforma Política que, entre outras mudanças, torne efetivas, além da democracia representativa, a democracia direta e a participativa, como condição para se corrigirem as imperfeições e distorções do sistema político brasileiro e a grave crise de representação que vivemos atualmente.

A sociedade brasileira certamente ganhará muito com a inclusão de mais da metade da população na vida política, pois passaria a contar com a participação das mulheres nas decisões e na busca de soluções para os graves problemas do país, além de contribuir para elevar o nível de democracia e de civilização no Brasil.

Por isso, o 8 de março é um dia de celebração, sim, mas é muito mais um dia de reflexão e luta por igualdade de oportunidades e direitos. É um dia especial em que nós, mulheres, ganhamos rosas, sorrisos e gentilezas de toda sorte. Agradecemos e, inclusive, gostamos muito de tudo isso. Todavia, queremos também mais direitos e mais igualdade: no trabalho, na política e no poder. E continuaremos lutando... Sempre!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

PSB propõe discussão presidencial mais ampla e que assegure o desenvolvimento do país

PSB - 19/02/2010

O deputado federal Ciro Gomes (PSB/SP) foi o apresentador do programa partidário do Partido Socialista Brasileiro (PSB) exibido nesta quinta-feira (18), em cadeia nacional no rádio e na televisão. Ao longo de dez minutos, a legenda evidenciou os riscos de uma eleição presidencial polarizada para a manutenção das conquistas obtidas ao longo da gestão do presidente Lula e a necessidade de se investir em áreas como educação e tecnologia, como forma de alavancar o desenvolvimento e tirar o Brasil da condição de exportador de commodities e produtos primários e transformá-lo em exportador de produtos industrializados.

“O desafio agora é olhar para frente e preparar o nosso país para as enormes tarefas que ainda temos de cumprir. O Partido Socialista Brasileiro quer apresentar ideias e propostas que preservem o legado de Lula mas que também ampliem a discussão. Esse clima de ‘FlaFlu partidário’ é ruim para o Brasil e muito arriscado para o projeto que estamos construindo”, afirmou Ciro Gomes, logo na abertura do programa.

A forma de gestão do PSB – que tem nas políticas sociais importantes vetores do desenvolvimento – foi mostrada, na prática. O programa mostrou as conquistas obtidas por governos socialistas em três estados: Pernambuco, com o governador Eduardo Campos; Ceará, com Cid Gomes, e Rio Grande do Norte, com Wilma de Faria.

Para assistir ao programa partidário do PSB, acesse http://www.youtube.com/watch?v=mD2f0fYXAqo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Luiza Erundina, exemplo de solidariedade de classe

Partido Socialista Brasileiro - PSB
08/01/2010 - 12:10

Em 1989, o Brasil preparava-se para a sua primeira eleição direta, após os anos da última ditadura. O resultado daquela eleição foi trágico para o nosso sonho de eleger um legítimo representante da classe trabalhadora. O então “caçador de marajás”, Collor de Mello vence a eleição. A história que envolveu a eleição todos nós conhecemos, inclusive os fatos marcantes que posteriormente resultaram no impedimento do presidente eleito. Entre os acontecimentos que antecederam a eleição, além da unidade concretizada na Frente Brasil Popular (PT, PSB e PCdoB), outro merece destaque no ponto de vista classista: a Greve Geral convocada pelo movimento sindical. Inflação de 80% ao mês, recessão, arrocho salarial, desemprego galopante e aumentos constantes dos preços dos produtos de primeira necessidade. O governo Sarney interessado em salvar o seu “plano verão”; os empresários interessados apenas em descongelar os preços. Este era o ambiente político em que se desenvolveu a reunião do governo com os empresários, em março de 89. Ao final da reunião em que foram reconhecidas as perdas salariais dos trabalhadores e trabalhadoras, nenhuma proposta para a pauta de reivindicações da classe trabalhadora, que era: combate a inflação, ao desemprego e a recessão; congelamento dos preços; recuperação imediata das perdas salariais acumuladas nos últimos anos; reajustes mensais de acordo com a inflação. Para a classe trabalhadora não restava outra saída, se não a Greve Geral, liderada pela CUT e a CGT que eram as centrais sindicais da época. A Greve Geral convocada para os dias 14 e 15 de março/89, teve grande mobilização dos sindicatos e obteve amplo apoio da sociedade; 70% de adesão da população economicamente ativa; repúdio contundente da população à política econômica do governo Sarney. Em meio a este ambiente político de 89, destaca-se uma mulher de origem nordestina, uma brasileira na essência, sindicalista de militância, socialista de formação, Prefeita da Cidade de São Paulo, Luiza Erundina. Compreendendo a disputa que estava em jogo naquele momento histórico, Luiza Erundina, no exercício da sua liderança política, como prefeita da maior cidade da America Latina, solidária a luta da classe trabalhadora, ordena que a CMTC – Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos - mantenha os seus ônibus na garagem, em apoio a Greve Geral. Erundina divulga nota em jornal de grande circulação comunicando seu ato e seu apoio ao movimento dos trabalhadores e trabalhadoras. Este foi o “crime”, pelo qual Erundina é acusada e condenada a pagar uma multa de 350 mil reais pela justiça, após recorrer e perder em todas as instâncias. Perguntada se está arrependida, Erundina afirma – “eu faria do mesmo jeito se as circunstâncias fossem as mesmas. Não me arrependo e não me sinto culpada, não errei e estou pagando o preço por uma posição coerente com minha trajetória política”. Intimada a pagar a “dívida”, a soma dos bens de Luiza Erundina – um apartamento e dois carros – não seriam suficientes. Assim, ocorreu uma campanha de solidariedade a Luiza Erundina, com a participação dos mais diversos setores da sociedade brasileira (movimento sindical, partidos políticos e cidadãos e cidadãs) que acreditam na atividade política para o bem comum e arrecadam o montante necessário para o pagamento da referida “multa”. Luiza Erundina, no exercício de sua liderança que, por circunstâncias históricas a levaram ao cargo de Prefeita da Cidade de São Paulo e atualmente Deputada Federal, não sendo indiferente às mudanças que buscamos para o nosso País, contribuiu e continua contribuindo com as causas populares. Sua atitude em 89, entre tantas outras que poderíamos enumerar em todos estes anos de vida pública, é exemplo de coerência e inspira a todos e todas que acreditam no sonho de emancipação da classe trabalhadora, que começa com a solidariedade de classe. Digna, coerente, socialista, assim é Luiza Erundina. Podemos chamá-la de nossa companheira. "Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." Che Guevara: Joilson Cardoso Secretário Nacional Sindical do PSB e Secretário Nacional de Políticas Sindicais da CTB

domingo, 17 de janeiro de 2010

Direitos Humanos: Isto é Fundamental por Salete Maria

do Cordelirando, por Salete Maria
( http://cordelirando.blogspot.com )

Direitos Humanos: Isto é Fundamental



Direito fundamental
Tá na Constituição
É aquele sem o qual
Não existirá razão
Para se bater no peito
E protestar por respeito
Se dizendo cidadão

É direito de existir
E jamais ser molestado
Direito de ir e vir
E também ficar parado
É o direito de pensar
De poder se expressar
E não ser discriminado

É o direito de escolher
Ser ateu ou ser cristão
Direito de não se ver
Envolto em confusão
Ter a honra imaculada
Gozar da vida privada
Sem sofrer violação

Direito de exercer
Livremente a profissão
Direito de conviver
De fazer reunião
Direito de se informar
De não se ver processar
Por tribunal de exceção

Direito de, se for preso,
Ter seu corpo protegido
E em sendo acusado:
“inocente presumido”
Direito de petição
E também de certidão
Sem pagar o requerido

Direito de estudar
De morar, de ter lazer
Direito de trabalhar
De salário receber
E de se aposentar
Quando o tempo chegar
Sem ter de se aborrecer

Direito de pertencer
Ao povo de um Estado
Direito de escolher
Por quem será governado
Direito de opinar
De votar, de protestar
E também de ser votado

São direitos da pessoa
Estrangeira ou nacional
Direito que não se doa
Se conquista, afinal
Direito que não se vende
Direito que se defende
Ante qualquer tribunal

Nascem da inspiração
Dos direitos naturais
Do pensamento cristão
E das lutas sociais
Vão ganhando dimensões
Somando-se gerações
Direito nunca é demais

São direitos que o povo
Precisa então conhecer
Não digo nada de novo
Mas quero oferecer
Uma leitura singela
Que a moça da janela
Possa ler e entender

Não basta só que entenda
Precisa saber cobrar
Para que não seja lenda
O que acabei de falar
Para quem se dirigir?
Como lutar, como agir?
A quem reivindicar?

Eis porque é importante
Que todos se mobilizem
Do doutor ao estudante
Todos se conscientizem
Combater violações
E desenvolver ações
Requer se instrumentizem

Por isto este encontro
Esta “aula inaugural”
O debate, o contra-ponto
O diálogo fraternal
Para socializar
A forma de se buscar
O que é essencial

Policial, professor
Jornalista e militante
O tal terceiro setor
Gente de todo quadrante
“uma idéia, muitas vozes”
Mil combatentes velozes
D’uma ação humanizante

É preciso relembrar
A luta sempre começa
Onde quer que você vá
Verá que o sonho não cessa
Lutar enquanto houver dano
Pois tudo o que é humano
Ao humano interessa!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ação Social



A professora Cláudia Lessa, participou na última quarta-feira, dia 06 de janeiro, da distribuição de uma tonelada de alimentos à comunidade do Bairro São José, arrecadados pelos alunos da Mauríco de Nassau, na Gincana Natal pela Fome.
A Faculdade Maurício de Nassau de João Pessoa é uma das instituições que assinou a adesão ao Movimento Nós Podemos Paraíba, que tem o compromisso de ajudar a Paraíba a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), um conjunto de metas estipuladas pela ONU que devem ser alcançadas até 2015 por 191 países, inclusive o Brasil.
Desde o ano de 2005 que a professora Cláudia Lessa desenvolve campanhas de ação social, junto aos seus alunos , http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=5772223556925263728&aid=1263739964 com o objetivo de despertar, nos mesmos, ações de cidadania, e a preocupação com a construção de um mundo melhor. No mundo corporativo estas ações são chamadas de Responsabilidade Social, e o que justifica as mesmas, no ãmbito da administração, é o fato de que, "(...)se elas obtêm recursos da sociedade, devem restituí-los de alguma forma, principalmente mediante ações sociais voltadas para a solução dos diversos problemas que atingem esta mesma sociedade – drawback principle" (INTRODUCTION TO SOCIAL RESPONSABILITY, 2002).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Nota Oficial em solidariedade ao povo haitiano

O Partido Socialista Brasileiro (PSB), desde sempre comprometido com as lutas pela libertação dos povos da América Latina e do Caribe, com as lutas dos povos africanos e de sua diáspora, com os esforços dos oprimidos de todo o mundo, solidariza-se neste momento com o povo haitiano, em face da tragédia natural que acaba de se abater sobre o país, cobrando vidas inclusive de compatriotas nossos. Enviamos ao povo do Haiti e aos partidos irmãos nossas condolências, apoiando desde já toda ajuda humanitária que venha a ser oferecida ao país irmão pelo governo brasileiro e expressando nossa confiança nos valores de superação do povo haitiano, bem como em sua capacidade de construir um futuro mais próspero e feliz, livre de toda tirania e toda intervenção de exploradores estrangeiros.

Brasília, 13 de janeiro de 2010

Roberto Amaral, vice-presidente de Relações Internacionais do PSB