sábado, 20 de fevereiro de 2010

PSB propõe discussão presidencial mais ampla e que assegure o desenvolvimento do país

PSB - 19/02/2010

O deputado federal Ciro Gomes (PSB/SP) foi o apresentador do programa partidário do Partido Socialista Brasileiro (PSB) exibido nesta quinta-feira (18), em cadeia nacional no rádio e na televisão. Ao longo de dez minutos, a legenda evidenciou os riscos de uma eleição presidencial polarizada para a manutenção das conquistas obtidas ao longo da gestão do presidente Lula e a necessidade de se investir em áreas como educação e tecnologia, como forma de alavancar o desenvolvimento e tirar o Brasil da condição de exportador de commodities e produtos primários e transformá-lo em exportador de produtos industrializados.

“O desafio agora é olhar para frente e preparar o nosso país para as enormes tarefas que ainda temos de cumprir. O Partido Socialista Brasileiro quer apresentar ideias e propostas que preservem o legado de Lula mas que também ampliem a discussão. Esse clima de ‘FlaFlu partidário’ é ruim para o Brasil e muito arriscado para o projeto que estamos construindo”, afirmou Ciro Gomes, logo na abertura do programa.

A forma de gestão do PSB – que tem nas políticas sociais importantes vetores do desenvolvimento – foi mostrada, na prática. O programa mostrou as conquistas obtidas por governos socialistas em três estados: Pernambuco, com o governador Eduardo Campos; Ceará, com Cid Gomes, e Rio Grande do Norte, com Wilma de Faria.

Para assistir ao programa partidário do PSB, acesse http://www.youtube.com/watch?v=mD2f0fYXAqo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Luiza Erundina, exemplo de solidariedade de classe

Partido Socialista Brasileiro - PSB
08/01/2010 - 12:10

Em 1989, o Brasil preparava-se para a sua primeira eleição direta, após os anos da última ditadura. O resultado daquela eleição foi trágico para o nosso sonho de eleger um legítimo representante da classe trabalhadora. O então “caçador de marajás”, Collor de Mello vence a eleição. A história que envolveu a eleição todos nós conhecemos, inclusive os fatos marcantes que posteriormente resultaram no impedimento do presidente eleito. Entre os acontecimentos que antecederam a eleição, além da unidade concretizada na Frente Brasil Popular (PT, PSB e PCdoB), outro merece destaque no ponto de vista classista: a Greve Geral convocada pelo movimento sindical. Inflação de 80% ao mês, recessão, arrocho salarial, desemprego galopante e aumentos constantes dos preços dos produtos de primeira necessidade. O governo Sarney interessado em salvar o seu “plano verão”; os empresários interessados apenas em descongelar os preços. Este era o ambiente político em que se desenvolveu a reunião do governo com os empresários, em março de 89. Ao final da reunião em que foram reconhecidas as perdas salariais dos trabalhadores e trabalhadoras, nenhuma proposta para a pauta de reivindicações da classe trabalhadora, que era: combate a inflação, ao desemprego e a recessão; congelamento dos preços; recuperação imediata das perdas salariais acumuladas nos últimos anos; reajustes mensais de acordo com a inflação. Para a classe trabalhadora não restava outra saída, se não a Greve Geral, liderada pela CUT e a CGT que eram as centrais sindicais da época. A Greve Geral convocada para os dias 14 e 15 de março/89, teve grande mobilização dos sindicatos e obteve amplo apoio da sociedade; 70% de adesão da população economicamente ativa; repúdio contundente da população à política econômica do governo Sarney. Em meio a este ambiente político de 89, destaca-se uma mulher de origem nordestina, uma brasileira na essência, sindicalista de militância, socialista de formação, Prefeita da Cidade de São Paulo, Luiza Erundina. Compreendendo a disputa que estava em jogo naquele momento histórico, Luiza Erundina, no exercício da sua liderança política, como prefeita da maior cidade da America Latina, solidária a luta da classe trabalhadora, ordena que a CMTC – Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos - mantenha os seus ônibus na garagem, em apoio a Greve Geral. Erundina divulga nota em jornal de grande circulação comunicando seu ato e seu apoio ao movimento dos trabalhadores e trabalhadoras. Este foi o “crime”, pelo qual Erundina é acusada e condenada a pagar uma multa de 350 mil reais pela justiça, após recorrer e perder em todas as instâncias. Perguntada se está arrependida, Erundina afirma – “eu faria do mesmo jeito se as circunstâncias fossem as mesmas. Não me arrependo e não me sinto culpada, não errei e estou pagando o preço por uma posição coerente com minha trajetória política”. Intimada a pagar a “dívida”, a soma dos bens de Luiza Erundina – um apartamento e dois carros – não seriam suficientes. Assim, ocorreu uma campanha de solidariedade a Luiza Erundina, com a participação dos mais diversos setores da sociedade brasileira (movimento sindical, partidos políticos e cidadãos e cidadãs) que acreditam na atividade política para o bem comum e arrecadam o montante necessário para o pagamento da referida “multa”. Luiza Erundina, no exercício de sua liderança que, por circunstâncias históricas a levaram ao cargo de Prefeita da Cidade de São Paulo e atualmente Deputada Federal, não sendo indiferente às mudanças que buscamos para o nosso País, contribuiu e continua contribuindo com as causas populares. Sua atitude em 89, entre tantas outras que poderíamos enumerar em todos estes anos de vida pública, é exemplo de coerência e inspira a todos e todas que acreditam no sonho de emancipação da classe trabalhadora, que começa com a solidariedade de classe. Digna, coerente, socialista, assim é Luiza Erundina. Podemos chamá-la de nossa companheira. "Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." Che Guevara: Joilson Cardoso Secretário Nacional Sindical do PSB e Secretário Nacional de Políticas Sindicais da CTB